Quatro em cada dez desempregados, em Portugal Continental, não têm acesso a um único apoio da Segurança Social por esta via, segundo as contas realizadas pelo DN/Dinheiro Vivo com base nos dados de julho do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e da Segurança Social.
Mesmo com a taxa de desemprego num valor historicamente baixo para 277 466 pessoas, a taxa de cobertura de subsídios ainda deixa de fora mais de 40% da população desempregada.
A tendência de diminuição da taxa de cobertura agravou-se nos últimos dois meses.
Segundo o mesmo jornal, cruzando os 277 466 inscritos nos centros de emprego, em julho, com as 159 768 prestações atribuídas pela Segurança Social, no mesmo mês, a quem não tinha trabalho, verifica-se que 117 698 cidadãos, ou seja, 42,42%, não auferiam apoio algum seja subsídio de desemprego, subsídio social inicial ou subsídio social subsequente.
Mas nem todos os desempregados estão em condições de receber o subsídio de desemprego para poderem beneficiar de uma prestação social.
O trabalhador tem de residir em território nacional, estar em situação de desemprego involuntário, ter capacidade e disponibilidade para o trabalho. Para além disso, tem de ter o prazo de garantia exigido, isto, é 360 dias de trabalho por conta de outrem com registo de remunerações nos 24 meses anteriores à data do desemprego, e não pode acumular o subsídio com pensões ou outros apoios da Segurança Social.