O movimento Defesa da Escola Ponto promove este domingo, no Porto, a segunda manifestação no espaço de um mês contra o corte no financiamento aos colégios com contrato de associação.
O objectivo é mostrar que os colégios privados ficam mais baratos ao Estado. O porta-voz do movimento, Manuel Bento, explica que o “mote” desta manifestação será “Contas à moda do Porto”, em que se pretende mostrar que “é um bom negócio para o Estado, e como tal, para os portugueses, ter turmas em escolas com contrato de associação, dado que as mesmas custam menos 25 mil euros por turma, por ano”.
“Nós poupamos muitos milhões de euros ao Estado, que infelizmente com estas medidas vão ser depauperados os cofres públicos desnecessariamente”, defende Manuel Bento.
São esperadas 10 mil pessoas no protesto deste sábado na cidade do Porto, que vai percorrer as ruas de Campanhã aos Aliados.
“O que o Governo deseja é que vão cerca de 1.200 pessoas para o desemprego. Isto seria terrível, porque 1.200 pessoas no fundo de desemprego custam, por ano, 13 milhões de euros”, aponta ainda Manuel Bento.
“Não só vamos onerar as contas públicas com as turmas que não vão funcionar em contratos de associação mas que vão funcionar na escola propriedade do Estado, em cerca de 10 milhões de euros por ano, a que acrescentamos 13 milhões de euros em subsídio de desemprego. Ou seja, 23 milhões de euros a mais”, conclui.
A marcha dos colégios privados na cidade do Porto decorre a partir das 11h15.
No sábado, em Lisboa, foi realizada a marcha em defesa da escola pública, que contou com mais de 80 mil pessoas, segundo o balanço da Fenprof. A Federação Nacional de Professores organizou a iniciativa para mostrar que é preciso investir na escola pública.