A taxa de inflação homóloga da Zona Euro disparou para um novo máximo de 7,5% em março. O crescimento dos preços no consumidor nos 19 países que partilham o euro acelerou de 5,9% em Fevereiro, disse o Eurostat esta sexta-feira, muito para além das expectativas de 6,6%, uma vez que a guerra na Ucrânia e as sanções contra a Rússia levaram os preços dos combustíveis e do gás natural a níveis recorde.
Embora a energia fosse o principal culpado, a inflação dos preços dos alimentos, serviços e bens duradouros ficou acima do objetivo de 2% do BCE, mais uma prova de que o crescimento dos preços é cada vez mais amplo e não apenas reflexo do petróleo caro.
Os preços subjacentes, que filtram a volatilidade dos preços da energia e dos alimentos, aceleraram também, aumentando o risco de a inflação elevada se tornar enraizada, um fenómeno de difícil reversão.
A componente da energia é a que regista a maior taxa de inflação homóloga em março (44,7%, que se compara à de 32% em fevereiro), seguida da alimentação, álcool e tabaco (5%, face a 4,2% do mês anterior), dos bens industriais não energéticos (3,4%, contra 3,1% de fevereiro) e a dos serviços (2,7%, face a 2,5% do mês anterior), segundo o serviço de estatística comunitário.