O atentado desta sexta-feira em Moscovo, que já foi reivindicado pelo Estado Islâmico, está a suscitar reações um pouco por todo o mundo.
A Ucrânia pronunciou-se de imediato garantindo que não ter ligação com o grupo de atiradores que invadiu a sala de espetáculos Crocus City Hall, matando pelo menos 40 pessoas e ferindo 146.
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou que os dois países estão em guerra, mas “tudo será decidido no campo de batalha", recusando qualquer participação no massacre.
O secretário-geral da ONU condenada o ataque nos "termos mais fortes possíveis".
António Guterres expressa "profundas condolências às famílias enlutadas, ao povo e ao Governo da Federação Russa", refere um comunicado das Nações Unidas. O antigo primeiro-ministro português deseja rápidas melhoras aos feridos.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, reforçou a mensagem oriunda de Kiev: "Não há nenhuma indicação neste momento de que a Ucrânia ou os ucranianos estivessem envolvidos no tiroteio". Declaração que se veio a confirmar horas depois com a reivindicação do ataque pelo Estado Islâmico.
John Kirby mostrou ainda solidariedade com as vítimas: “As imagens são simplesmente horríveis e difíceis de assistir e os nossos pensamentos obviamente estarão com as vítimas deste terrível, terrível ataque a tiros”.
Reação semelhante teve o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão: “As imagens do terrível ataque a pessoas inocentes na Crocus City Hall, perto de Moscovo, são horríveis. As nossas mais profundas condolências vão para as famílias das vítimas”.
O Governo português pronunciou-se pela voz de João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros que cessa funções dentro de alguns dias: "As notícias de Moscovo são horrendas. Ataques contra civis são sempre inaceitáveis".
Foram também feitos pedidos para os que os terroristas sejam responsabilizados e julgados. "Todos os envolvidos neste crime devem ser encontrados e levados à justiça", declarou Yulia Navalnaya, viúva do líder da oposição russa Alexei Navalny, que morreu recentemente na prisão.
Dos Estados Unidos chegou a mensagem de um senador republicano, Mitt Romney, que não esqueceu uma menção a Putin: "O ataque e assassinato intencional de civis é vil e maligno, independentemente dos perpetradores - Putin contra os ucranianos e terroristas contra os russos. O massacre de hoje em Moscovo é trágico".
Um pouco mais a sul no continente americano, o ministro venezuelano dos Negócios Exteriores também condenou o ataque armado e enviou condolências às famílias.
[notícia atualizada]