A Associação de Médicos Católicos considera que o chumbo à eutanásia, no Parlamento, é uma vitória da medicina e da vida.
Ouvido pela Renascença, o presidente dos Médicos Católicos, Pedro Afonso, mostra-se satisfeito com o resultado da votação.
“Foi uma vitória da medicina e da vida. Os médicos não têm outra vocação senão estar do lado da vida, tratando e aliviando o sofrimento dos doentes. A legalização da eutanásia não se trata de aliviar o sofrimento, mas de eliminar a vida de pessoas”, afirma Pedro Afonso.
O médico católico defende que a discussão em torno da morte assistida teve o mérito de chamar a atenção para a importância de alargar o acesso aos cuidados paliativos, “que no nosso país ainda precisam de ser muito melhorados”.
O presidente da Associação de Médicos Católicos espera que o tema não regresse à Assembleia da República. Se acontecer espera que o chumbo se repita.
As quatro propostas apresentadas no Parlamento para despenalizar a eutanásia em Portugal foram chumbadas esta terça-feira por uma maioria dos deputados.
Um total de 229 deputados foram chamados a votar a favor, contra ou a absterem-se sobre quatro projetos de lei, apresentados pelo PS, o BE, o PEV e o PAN.
Cada deputado votou nominalmente em cada uma das propostas, à exceção do único legislador ausente, o parlamentar Rui Silva, do PSD, que se encontra no estrangeiro.
Os dois maiores partidos, PS e PSD, que somam 175 dos 230 assentos parlamentares, deram liberdade de voto aos seus deputados.