Um juiz federal proibiu temporariamente a Administração norte-americana de recusar asilo a imigrantes que cruzem ilegalmente a fronteira no sul dos Estados Unidos. Há uma caravana com cidadãos das Honduras, Guatemala e El Salvador, que estão a fazer milhares de quilómetros a pé para fugir à pobreza e violência nos seus países de origem.
O magistrado Jon S. Tigar emitiu uma providência cautelar na segunda-feira, em São Francisco.
O Presidente Donald Trump aprovou um decreto a 9 de novembro, no qual negava asilo à maioria das pessoas que cruza a fronteira, numa resposta às caravanas de migrantes que condenara antes das eleições de novembro.
A Administração Trump ordenou que os requerentes de asilo entrassem numa das 26 entradas oficiais da fronteira com o México.
Horas depois, grupos de ativistas colocaram uma ação em tribunal, argumentando que a lei dos Estados Unidos claramente permite que alguém peça asilo, independentemente da sua entrada no país.
Nos últimos anos, dezenas de milhares de imigrantes apareceram no deserto do Arizona ou na margem norte do Rio Grande, no Texas, rendendo-se a agentes de imigração, pedindo asilo. O Departamento de Segurança Interna estima que cerca de 70 mil pessoas por ano solicitem asilo entre as portas oficiais de entrada.
Trump argumentou que as atuais caravanas que reúnem milhares de pessoas e que se deslocam em direção à fronteira entre o México e os Estados Unidos constituem uma ameaça à segurança nacional.
Cerca de três mil pessoas que integram a primeira das caravanas em direção aos Estados Unidos chegaram a Tijuana, México, do outro lado da fronteira de San Diego, Califórnia.
Os Estados Unidos já destacaram milhares de soldados para a zona da fronteira, para tentar impedir a entrada dos estrangeiros.