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O INEM rejeita as acusações do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) de “falta de preparação” e “inação”.
Em comunicado, o Instituto de Emergência Médica acusa o STEPH de querer “tirar dividendos de uma das situações mais dramáticas que o nosso país alguma vez enfrentou”.
Em causa as declarações do dirigente sindical, Rui Lázaro, que criticou o que disse ser a falta de coordenação que tem levado a que ambulâncias se acumulem nas urgências dos hospitais, deixando os doentes várias horas no exterior à espera de serem atendidos.
“Não se entende como, perante este acumular de ambulância nas urgências de alguns hospitais, não se faz o contacto com outras unidades e não se encaminha o doente para outras unidades. Mesmo que fosse para fora da região, a viagem era mais demorada, mas, ainda assim, o doente era atendido mais cedo”, afirmou Rui Lázaro à agência Lusa.
Na resposta, o INEM refere que “em situações de elevada pressão sobre um hospital, os CODU podem, transitoriamente, desviar doentes para outras unidades de saúde”.
“Este mecanismo, saliente-se, é transitório e apenas pode ser implementado pelos CODU quando existe capacidade dos hospitais vizinhos para absorverem esses doentes”, acrescenta o INEM.
Mas no quadro de pressão que a pandemia colocou sobre as urgências, o INEM reconhece que “o desvio de ambulâncias para outros hospitais não é possível ou apenas é exequível em situações muito concretas e pontuais”.
Contudo, garante o instituto, os utentes podem ser observados pelas equipas destas unidades para averiguar a prioridade na admissão e assegura que a pré-triagem dos doentes que aguardam nas ambulâncias “está a ser feita de forma sistemática” pelos profissionais de saúde dos hospitais.
O INEM diz ainda que, com as recentes medidas de confinamento adotadas, “é expectável” que diminuam as ocorrências que justificam o envio de meios de emergência médica.