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Portugal regista uma situação pandémica de “intensidade moderada”, mas com uma tendência decrescente da pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade associada à Covid-19, refere o relatório das “linhas vermelhas” divulgado esta sexta-feira.
Segundo a análise de risco semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), na quarta-feira, a mortalidade específica por Covid-19 registou um valor de 9,8 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que corresponde a um decréscimo de 18% relativamente à semana anterior.
Este valor é inferior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por um milhão de pessoas definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), o que revela um “impacte reduzido da pandemia em termos de mortalidade”, avança o documento.
Segundo a DGS e o INSA, o número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) no continente revelou também uma tendência decrescente, correspondendo a 29% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior tinha sido de 40%.
Na quarta-feira, estavam nas UCI dos hospitais de Portugal continental 75 pessoas.
O número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 125, um indicador que regista também uma evolução decrescente no país.
O grupo etário com incidência mais elevada é o das pessoas entre os 20 e os 29 anos, com 183 casos por 100 mil habitantes, enquanto a faixa dos maiores de 80 anos regista 105 casos por 100 mil habitantes, o que “reflete um risco de infeção inferior ao risco da população em geral, com tendência estável”.
A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,6%, encontrando-se abaixo do limiar definido de 4,0%, e verificou-se, nos últimos sete dias, um decréscimo do número de despistes do vírus, adiantam as “linhas vermelhas”.
Na última semana, foram realizados um total de 341.685 testes, menos 43.132 do que nos sete dias anteriores.
De acordo com o documento, a proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 8,1% - na semana anterior tinha sido de 5,5% -, mantendo-se abaixo do limiar de 10,0%, e 91% dos casos de infeção foram isolados em menos de 24 horas após a notificação.