O coletivo Greve Climática Lisboa denunciou esta quarta-feira que nove estudantes foram retidos numa sala isolada e obrigados a despir-se pela polícia presente na Assembleia da República.
Em comunicado, a associação diz que os estudantes estavam a tentar fazer fazer um protesto pelo fim aos combustíveis fósseis na sessão plenária do Parlamento, quando foram levados por "ter suspeita de ar de ativista".
"Depois de vários já estarem sentados no local onde teria início a sessão plenária, um deles, enquanto estava a entrar, foi levado para uma sala isolada e obrigado a despir-se. Embora a revista para entrar na Assembleia da República seja comum, a pessoa foi submetida a este ato humilhante de se despir", lê-se.
"De seguida, os restantes estudantes foram também chamados e retidos, tendo vários sido obrigados também a despir-se. Nenhum dos estudantes acabou por ser identificado, pois, segundo estes a polícia não encontrou motivo para tal, mas foram impedidos de assistir à sessão plenária", acrescenta o texto.
A porta-voz do coletivo, Teresa Núncio, refere que a Assembleia da República "tal como todas as instituições, devia estar em estado emergência" e que a inação está a roubar o futuro aos jovens.
"Os estudantes prometem voltar numa onda de ações com início a 13 de novembro, em que vão não só voltar a ocupar escolas e universidades, mas também interromper a normalidade das instituições de poder que estão a condenar os nossos futuros", conclui o comunicado.