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A primeira edição da Web Summit em Lisboa deixa como herança mais visibilidade internacional e oportunidades de emprego e investimento, afirma o autarca Fernando Medina, em declarações à Renascença.
Num balanço da cimeira que termina esta quinta-feira na Meo Arena, no Parque das Nações, o presidente da Câmara de Lisboa começa por dizer que a cidade e o país ganharam “fundamentalmente três coisas”.
A primeira vitória é “a visibilidade internacional de Lisboa enquanto um palco extraordinário de tecnologia, inovação e modernidade, numa área na qual Lisboa não tinha e o país não estava associado a isso”.
“Em segundo lugar, ganhamos oportunidades de investimento e de emprego na cidade. De todos os contactos aqui feitos, de toda esta vibração, de todo este dinamismo, vai certamente resultar na vinda de empresas para Lisboa e para outros locais do país”.
Nestas declarações à Renascença enquanto passeava pelo recinto da cimeira que atraiu dezenas de milhares de pessoas, Fernando Medina sublinhou que, “em terceiro lugar, foi uma grande oportunidade de transformação, de mais oportunidades, para os nossos investidores e para as nossas startup”.
“Estamos a desenvolver, por exemplo, aqui em Lisboa o projecto do Hub Criativo do Beato, que é a transformação das antigas instalações da Manutenção Militar. A recepção a esse projecto tem sido muito positiva e já temos a confirmação da primeira empresa que se vai instalar no Hub Criativo do Beato, que é a organização da Web Summit”, anunciou o autarca.
Medina os cartazes da polémica. “Estão a ser construídos muitos muros”
Fernando Medina também explicou o significado dos cartazes colocados nas imediações da Meo Arena, que o PSD criticou por parecerem ser anti-Trump, o Presidente eleito dos Estados Unidos que quer construir um muro com o México, expulsar imigrantes ilegais e proibir a entrada de muçulmanos no país.
O presidente da Câmara não relaciona uma coisa com a outra, mas deixa claro que é uma mensagem de Lisboa para o mundo, contra todas as intolerâncias.
“O facto de nós acolhermos bem as pessoas, de sermos uma cidade aberta, cosmopolita, tolerante, é uma grande marca de Lisboa. No próprio discurso de abertura da Web Summit, tive a oportunidade de salientar isso mesmo, que todos são bem-vindos, qualquer que seja a sua nacionalidade, religião, convicção política, orientação de género, e aquilo que disse na altura é que, em vez de construirmos muros, nós em Lisboa queremos construir pontes. O Papa Francisco também já o tinha dito”, sublinha o autarca.
Fernando Medina considera que esta é “uma mensagem de quem está atento ao que se passa no mundo”.
“Estão a ser construídos muitos muros por esse mundo fora, muitos infelizmente na Europa, muros no sentido de barreiras, no sentido de intolerância face ao outro, de menor compreensão face ao que é diferente e as primeiras vítimas desse mundo é precisamente a inovação, a criatividade e o empreendedorismo. É tudo o que a Web Summit representa”, conclui o presidente da Câmara de Lisboa.