Três milhões de novos utilizadores aderiram ao Telegram nas últimas 24 horas, depois de, na quarta-feira, o Facebook (e o Messenger), Instagram e WhatsApp terem registado falhas em vários pontos do mundo.
Desde ontem, inúmeros utilizadores queixaram-se de, apesar de ser possível entrar no Facebook, não conseguirem inserir novas publicações nem enviar mensagens privadas. No Instagram, houve queixas semelhantes de que o "feed" das publicações não atualizava e da impossibilidade de partilhar novas publicações.
Para o Telegram, que em março do ano passado registava 200 milhões de utilizadores ativos, este aumento é expressivo.
O número foi anunciado pelo fundador e CEO da empresa na sua página no serviço. “Vejo que três milhões de novos utilizadores aderiram ao Telegram nas últimas 24 horas. É bom. Temos verdadeira privacidade e espaço ilimitado para toda a gente”, escreveu Pavel Durov.
O Telegram é um serviço gratuito de mensagens instantâneas encriptadas, semelhante ao WhatsApp. Atualmente, é financiado através de donativos, ao contrário do modelo de anúncios utilizado pelo Facebook, que recorre aos dados dos utilizadores.
O Telegram adotou a “encriptação total” em 2013, três anos antes do WhatsApp e do Facebook Messenger. Com este sistema, quando alguém envia uma mensagem, só a própria pessoa ou grupo de pessoas para quem foi enviada é que pode lê-la. Nem a própria empresa tem acesso a esse conteúdo.
A rede de mensagens tem sido utilizada por grupos terroristas, em particular pelo autoproclamado Estado Islâmico, para divulgar informações. Por outro, tem também servido para proteger a identidade de denunciantes, jornalistas em risco, ativistas e dissidentes e os conteúdos por eles trocados através da plataforma.