O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, conversou, esta sexta-feira, com os últimos nove moradores do prédio Coutinho, tendo chegado a um "princípio de um acordo" com um casal que pode vir a abandonar o edifício.
As negociações continuam com o restantes moradores, disse o autarca aos jornalistas.
José Maria Costa visitou esta tarde o último grupo que resiste deixar as habitações. O presidente da Câmara de Viana disse aos resistentes que os processos em tribunal estão esgotados e que quer muito que saiam a "bem e com dignidade".
Questionado pelos jornalistas, não respondeu se admite utilizar a força para retirar os moradores.
O autarca revelou que vai agora reunir-se com os advogados dos moradores na sede da sociedade VianaPolis, num processo que se arrasta há duas décadas.
A Sociedade VianaPolis iniciou, na manhã desta sexta-feira, os trabalhos de desconstrução das frações desocupadas no prédio Coutinho, apesar de nove moradores continuarem em seis apartamentos.
A pedido da sociedade VianaPolis, foram desligadas a água e a eletricidade e os elevadores estão desativados.
O Edifício Jardim, localmente conhecido como prédio Coutinho, tem desconstrução prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, mas a batalha judicial iniciada pelos moradores travou aquele projeto iniciado quando era António Guterres primeiro-ministro e José Sócrates ministro do Ambiente.
Para o local onde está instalado o edifício está prevista a construção do novo mercado municipal da cidade.
A ação de despejo dos últimos moradores no prédio estava prevista cumprir-se às 9h00 de segunda-feira, na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, de abril, que declarou improcedente a providência cautelar movida pelos moradores em março de 2018.