Mais de 12 milhões de máscaras encomendadas. "É um número que nos deixa confortáveis"
30-04-2020 - 12:41
 • Inês Braga Sampaio Renascença

O secretário de Estado da Saúde diz que abril foi um mês "decisivo" no combate à pandemia. Remdesivir e outros medicamentos para outras doenças em análise.

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O secretário de Estado da Saúde diz que o país pode estar confortável com o atual armazenamento de máscaras para a população e profissionais de saúde, numa altura em que Portugal prepara-se para sair do estado de emergência, a 2 de maio.

Na conferência de imprensa diária de atualização da situação pandémica em Portugal, esta quinta-feira, António Lacerda Sales dá conta da mais recente encomenda de máscaras feita pelo Governo.

"Temos uma encomenda de 12,383 milhões de máscaras FFP2, entregues já estão 5,208 milhões. É um número que nos deixa confortável, mas estas medidas são de aquisição progressiva, vamos vendo se há algum défice, alguma falha e continuarem a adquirir, mas são números que nos deixam confortáveis", afirma.

Lacerda Sales não anunciou qualquer medida sobre o desconfinamento e remeteu para as declarações de António Costa, esta quinta-feira.

O secretário de Estado diz que Portugal tem um stock de testes "de mais de um milhão". "Desde 1 de maço fizemos mais de 396 mil testes, 80% dos quais em abril. Foi um mês decisivo na resposta à pandemia, esta semana fizemos uma média de 13.600 testes por dia", diz.

Remdesivir em análise

Em relação à possibilidade da utilização do Remdesivir, um medicamento para a ébola, no tratatamento da Covid-19, o secretário de Estado explica que esse medicamento e também outros estão em análise.

"Estamos a acompanhar de forma muito atenta, não só o Remdesivir, mas outros antivíricos também, não há decisões concretas porque ainda não há evidência clínica sobre essa matéria. Vamos acompanhando os ensaios e estudos internacionais e vamos fazendo esse acompanhamento", avança.

Noutro plano, a queda na atividade assistencial é uma realidade que o secretário de Estado admite, com uma redução entre os 8% e os 15%

"Comparando com períodos homólogos, há uma redução transversal em todas as áreas, menos nas consultas médicas não presenciais e nas operações muito prioritárias. Foram menos 8.2% consultas primárias de saúde, menos 15.9% na enfermagem, menos 13.9% em hospital. Vamos retomar a atividade de forma paulatina, progressiva, com prioridade para as situações de risco", termina.