O Presidente chileno anunciou, esta terça-feira, um pacote de medidas sociais para travar os protestos que duram há cinco dias e já causaram 15 mortos.
Sebastian Piñera prometeu um aumento de 20% na pensão mínima e o congelamento das tarifas de eletricidade, uma alteração radical face ao discurso dos últimos dias.
O chefe de Estado reconheceu "uma falta de visão" e pediu "perdão" aos cidadãos.
Os protestos, promovidos por estudantes, começaram na capital chilena em resposta à proposta do Governo de um aumento do preço dos bilhetes do metro. Santiago possui a rede mais longa (140 quilómetros) e mais moderna da América do sul, transportando diariamente cerca de três milhões de passageiros.
Pelo menos 15 pessoas morreram, incluindo 11 na capital do país, “durante incêndios e pilhagens principalmente em centros comerciais", avançou o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla.
Entre as vítimas mortais fora da capital, três foram baleadas, acrescentou Ubilla.
Os protestos, que se espalharam por diversas cidades do país, com barricadas, incêndios e pilhagens, já deixaram feridos 239 civis e cerca de 50 polícias e militares, tendo ainda levado a 2.643 detenções.
Na noite de segunda-feira, o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), um organismo público independente, indicou que, entre os feridos, 84 foram baleados.
Os trabalhadores da Codelco, a empresa estatal chilena de mineração de cobre e a maior do mundo, vão juntar-se à greve geral agendada para esta quarta-feira.
Na terça-feira, trabalhadores da mina de Escondida, o maior depósito de cobre do mundo, paralisaram parcialmente a exploração como forma de apoio às manifestações que decorrem há duas semanas.
As manifestações decorrem desde sexta-feira em protesto contra um aumento do preço dos bilhetes de metro em Santiago, que possui a rede mais longa (140 quilómetros) e mais moderna da América do Sul, e que transporta diariamente cerca de três milhões de passageiros.