Covid-19. Irão alerta para "quarta vaga" de pandemia
13-02-2021 - 13:56
 • Lusa

Algumas cidades da província do Khuzistão, no sudoeste do Irão, são agora zonas "vermelhas", após várias semanas com baixos níveis de contaminação.

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, alertou este sábado a população para uma "quarta vaga" de covid-19 no país, o mais afetado pela pandemia no Médio Oriente e que, em algumas regiões, regista um aumento no número de infetados.

Algumas cidades da província do Khuzistão, no sudoeste do Irão, são agora zonas "vermelhas", após várias semanas com baixos níveis de contaminação em todo o país, o que levou o Presidente, na reunião semanal do comité do coronavírus, a afirmar: “Isto significa que caminhamos para a quarta vaga. Devemos todos estar vigilantes para evitar isso”.

A pandemia do novo coronavírus, que já causou mais de 58 mil mortos no Irão, não sendo um problema apenas nacional, mas mundial, levou Hassan Rohani a destacar: "É um aviso para todos nós".

No Irão já morreram quase 59 mil pessoas por causa da covid-19, em mais de 1,5 milhão de pessoas com diagnóstico de infecção confirmado.

As declarações do Presidente acontecem um dia depois de o país ter recebido 100 mil doses adicionais da vacina russa Sputnik V, "antes do previsto", de acordo com o chefe de relações públicas do Ministério da Saúde do país, Kianoush Jahanpour.

A campanha de vacinação começou na última terça-feira, após a entrega do primeiro lote da vacina russa em 4 deste mês.

O Irão comprou um total de dois milhões de doses do Sputnik V, de acordo com a mesma fonte.

o país também vai receber 4,2 milhões de doses da vacina anglo-sueca AstraZeneca, comprada através do mecanismo internacional Covax, criado pela Organização Mundial de Saúde para apoiar a distribuição de vacinas aos países mais desfavorecidos.

O Irão também iniciou em dezembro testes clínicos da sua própria vacina, revelou o ministro da Saúde, Saeed Namaki.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.384.059 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.