Homenagem de anónimos junto à casa de Mário Soares
09-01-2017 - 10:48

Algumas dezenas de pessoas estão concentradas no Campo Grande para lhe prestarem uma última homenagem.

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Várias rosas vermelhas, cor-de-rosa e brancas, além de cravos, estão depositadas junto à porta da residência do antigo Presidente Mário Soares, no Campo Grande, em Lisboa. Podem ler-se várias inscrições: “Obrigada Mário - foste muito fixe”, “Coragem, Liberdade, Democracia - Obrigado por tudo” e “Descansa em paz - Deus sabe que Soares é fixe”.

Algumas dezenas de pessoas estão concentradas neste local para lhe prestarem uma última homenagem.

Com o aproximar da chegada da urna, prevista para cerca das 11h00, vai-se avolumando o número de populares que se querem despedir do antigo presidente da República e primeiro-ministro, algumas das quais vão deixando flores à porta da casa onde residiu.

Esta casa fica na rua Dr. João Soares, o pai de Mário Soares, educador e ministro da República, que faleceu precisamente com a mesma idade de 92 anos.

Em declarações à agência Lusa, Fernando Taborda quis prestar uma homenagem a Mário Soares, trazendo um ramo de flores, depois de já no domingo ter estado na sede nacional do PS, no Largo do Rato.

“Conheço o doutor Mário Soares, gostava de ter sido amigo dele, mas não tive tempo. Sou oriundo de uma família beirã, que conheceu o doutor Mário Soares e estou aqui em nome de toda a minha família”, afirmou.

Para Fernando Taborda, Mário Soares foi a personagem política nacional do século XX. “É uma perda irreparável”, acrescentou.

Maria Alves, florista, fez questão de depositar uma coroa de rosas brancas junto à residência.

A florista contou que a sua filha estudou no Colégio Moderno e que sempre teve uma grande admiração por Mário Soares e pela família, a quem deixou os seus pêsames.

Mário Soares morreu no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado há 26 dias, desde 13 de Dezembro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quarta-feira.

O corpo do antigo Presidente da República vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13h00, e o funeral realiza-se a partir das 15h30 de terça-feira, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.