O atual Governo do primeiro-ministro demissionário, António Costa, não deve fechar o negócio da compra das ações da Global Media na Agência Lusa, defende o PSD.
O PSD foi contactado pelo Governo e a resposta foi "não". Fonte da direção do partido revela à Renascença que o PSD foi questionado sobre o negócio, mas respondeu que, por se tratar de uma matéria sensível, a compra das ações da Global Media Group na Lusa não deve ser decidido por este executivo e a poucos meses das eleições antecipadas de 10 de março de 2024.
É esta a posição do maior partido da oposição sobre a intenção do Governo de comprar a participação que a Global Media detém na Lusa.
Em agosto, o empresário Marco Galinha confirmou à Lusa que o grupo Bel "vendeu parte da Global Media" a um fundo e que "não parece de interesse estratégico" ter participação na agência de notícias.
No seguimento desse negócio o Ministério da Cultura, que tutela a comunicação social, admitiu comprar a quota de Marco Galinha na Lusa.
Esta terça-feira, em entrevista à Lusa, Marco Galinha afirmava "não haver qualquer razão para preocupação" relativamente à venda das participações da agência de notícias e que "as coisas estão muito bem encaminhadas", admitindo mesmo a possibilidade de fechar negócio ainda esta semana.
O presidente executivo do grupo BEL afirmava ainda à Lusa que “não era do interesse estratégico estar a ter uma empresa tão importante portuguesa num fundo que não era português”, afirmou Marco Galinha.
O Estado, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, detém 50,15% da Lusa, com a Global Media Group ser detentora de 23,36% e a Páginas Civilizadas 22,35%.
O fundo suíço Union Capital Group controla a maioria (51%) do capital da Páginas Civilizadas, a qual detém 41,5% da GMG.