O economista João Duque comenta a “imagem impressionante” que fica destes quatro dias de greve da CP e da Infraestruturas de Portugal.
“Isto é uma imagem, de facto, de um país do terceiro mundo.”
O comentador da Renascença lembra as greves da ferroviária em novembro, janeiro e fevereiro, “temos greves todos os meses”. E pede aos sindicatos uma explicação mais clara dos “motivos desta greve”.
A justificação da pelos sindicatos tem que ver com um pedido de compensação financeira para evitar, ou pelo menos mitigar o efeito da inflação.
João Duque critica também o silêncio da empresa e dos seus administradores. Por um lado, considera que é importante justificar porque é que não se podem “acomodar os pedidos dos trabalhadores”.
Por outro lado, questiona porque é que não há a “contratualização de serviços rodoviários para acudir a necessidade das pessoas”
O comentador termina a dizer que esta greve, que é um direito dos trabalhadores, acaba por suprimir o “direito de quem compra um bilhete ou de quem compra um passe mensal”, prejudicando sobretudo os mais desfavorecidos que precisam deste transporte.