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Ana Martins teve de levar a filha da margem Sul do Tejo para Lisboa. A jovem tinha tido um ataque de epilepsia durante a madrugada.
“Era uma urgência e mesmo assim não a atenderam, mandaram-me para aqui”, diz à Renascença. “Aqui” é o hospital D. Estefânia, um dos que está a receber as urgências pediátricas do hospital Garcia de Orta, em Almada.
Nesta sexta-feira, o Serviço de Urgência Pediátrica encerrou às 9h00, só reabrindo às 8h30 da próxima segunda-feira, dia 4 de novembro.
Ana Martins dirigiu-se ao hospital D. Estefânia, no centro de Lisboa. Mas, porque decorria uma corrida por algumas artérias da capital, demorou cerca de duas horas a chegar.
“Foi dificílimo chegar aqui. Está tudo cortado, estradas cortadas...”, lamentava.
Contas feitas, entre sair da casa, ir ao Garcia de Orta e depois para o D. Estefânia, esta mãe, com a filha doente, demoraram perto de três horas.
Na quinta-feira, o Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta anunciou que vai manter o modelo de encerramento da urgência pediátrica aos fins de semana, das 20h00 de sexta-feira às 8h30 de segunda-feira, até 18 de novembro.
Em alternativa, os utentes podem dirigir-se ao Centro de Saúde Rainha D. Leonor em Almada ou ao Centro de Saúde da Amora, no concelho do Seixal, entre as 10h00 e as 17h00.
Nos casos mais urgentes, devem recorrer aos hospitais de Lisboa Santa Maria ou D. Estefânia.