O Presidente norte-americano sugeriu esta terça-feira a adesão do Brasil à NATO. Donald Trump falava num encontro, na Casa Branca, com o homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro.
Os Estados Unidos vão designar o Brasil como um grande aliado extra-NATO “ou talvez um aliado NATO”, declarou Donald Trump, numa conferência de imprensa conjunta nos jardins da Casa Branca.
“Ainda tenho que falar com muitas pessoas, mas talvez um aliado NATO, o que seria um grande avanço em matéria de segurança e cooperação entre os nossos dois países”., afirmou o Presidente norte-americano, que também vai apoiar a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico(OCDE).
“Um grande encontro”. Foi assim que Trump resumiu a reunião desta terça-feira com Jair Bolsonaro, na Casa Branca, a primeira entre os líderes norte-americano e brasileiro.
De acordo com Trump, o Brasil está empenhado em reduzir as barreiras comerciais aos produtos norte-americanos.
“Hoje, o Brasil tem um Presidente que não é antiamericano, um caso inédito nas últimas décadas”, salientou Bolsonaro, segundo o qual a reunião permitiu desbloquear dossiers que estavam bloqueados há décadas.
“Estamos juntos para o bem dos nossos povos. Queremos uma América grande e um Brasil grande também. Selámos uma aliança promissora entre as maiores democracias do continente americano. Que Deus abençoe o Brasil e a América”, afirmou Bolsonaro, que convidou Trump a visitar o Brasil.
Trump não exclui intervenção militar na Venezuela
Bolsonaro diz que é um aliado de Trump “contra a ideologia de género, o politicamente correto e as ‘fake news’ [notícias falsas]”. O regime venezuelano, de Nicolás Maduro, é outra questão que une os dois presidentes.
O impasse político na Venezuela acabou também por marcar esta conferência de imprensa. Questionado sobre a manutenção de Maduro no poder, Donald Trump afirmou a situação na Venezuela “é inaceitável”, “não há água, comida, não há energia”.
O Presidente norte-americano não fecha a porta a uma intervenção militar - "todas as opções estão em aberto" - e disse que os Estados Unidos ainda não avançaram “com as sanções mais duras”.
Questionado sobre uma eventual ação militar, Bolsonaro respondeu que há questões que não devem ser discutidas em público e não excluiu a utilização de bases brasileiros pelas forças norte-americanas.
"O que for possível fazermos juntos para resolver o problema da ditadura venezuelana, o Brasil está disposto para levar a democracia a Venezuela, afirmou o Presidente brasileiro.