O primeiro-ministro, António Costa, deu esta quarta-feira instruções para que a PSP disponibilize segurança pessoal aos líderes dos partidos com assento parlamentar que o pretendam, na sequência do ataque ao presidente do PSD por um ativista climático.
Fonte do gabinete do chefe do Governo disse à agência Lusa que António Costa já falou com Luís Montenegro, tendo-lhe transmitido a sua decisão.
"O primeiro-ministro deu instruções ao ministro da Administração Interna para que a PSP disponibilizasse segurança pessoal aos candidatos que lideram as listas dos partidos com assento parlamentar", afirmou à Lusa a fonte do gabinete do chefe do executivo.
A mesma fonte acrescentou que Costa "já falou com Luís Montenegro, transmitindo-lhe isto mesmo".
A segurança do primeiro-ministro, assim como de outros membros de órgãos de soberania, é assegurada pelo Corpo de Segurança Pessoal da PSP, uma das unidades especiais da Polícia de Segurança Pública.
A decisão de António Costa foi tomada após o ataque ao presidente do PSD ocorrido esta quarta-feira, durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), no âmbito de uma ação de campanha eleitoral da AD.
Montenegro foi atingido com tinta verde por um jovem, que seria depois afastado por um agente da PSP.
Os ativistas do movimento Fim ao Fóssil reivindicaram entretanto a ação em comunicado, argumentando que "nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática".
O movimento estudantil reivindica o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e exige que se pare de usar gás para produzir eletricidade até o próximo ano, utilizando antes 100% eletricidade renovável e gratuita.
Montenegro anunciou, entretanto, que vai formalizar ainda hoje uma queixa contra o ativista que o atingiu com tinta verde, à entrada da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), e agradeceu as manifestações de solidariedade.