Filipa Martins acredita que provou que "a idade é um número" ao conquistar os melhores resultados da carreira e da história da ginástica artística portuguesa aos 25 anos.
O ano de 2021 foi de glória para a ginasta portuguesa. Foi a duas finais nos Europeus, onde conseguiu que um movimento por si criado, o "Martins", fosse incluído no Código de Pontuação. Ficou à porta da final de paralelas assimétricas nos Jogos Olímpicos. E, por fim, alcançou históricos sétimo e oitavo lugares nas finais de "all around" e paralelas, respetivamente, nos Mundiais. Em declarações à Sport TV, esta segunda-feira, admitiu ainda estar "a digerir" o resultado "excecional".
"Estou muito contente. Já consegui a primeira final do Europeu, os Jogos Olímpicos são o auge de qualquer carreira e, agora, este resultado no Campeonato do Mundo. Foi o melhor ano da minha carreira. Ainda não consegui arranjar palavras para descrever tudo o que consegui conquistar este ano. Com a minha idade, pensar-se-ia que a minha carreira estava a acabar, mas consegui conquistar mais do que nunca. Mostra que a idade é um número, não conta para nada", destacou.
Sobre o movimento que criou e batizou, Filipa Martins, regressada a Portugal após a participação nos Mundiais, explicou que nasceu de "nove meses de treino", durante o confinamento. "Não havendo competições, experimentámos coisas novas", detalhou a ginasta olímpica.
Quanto ao futuro e, especificamente, aos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Filipa Martins salientou que prefere viver no presente: "Nunca costumo pensar muito à frente, penso sempre um dia de cada vez."