Veja também:
- Corrida aos postos continua na manhã desta quarta-feira
- Serviços mínimos abrangem 40% do abastecimento em Lisboa e Porto
- Governo quer assegurar que abastecimento seja retomado "o mais rapidamente possível”
- Governo, ANTRAM e sindicato não chegam a acordo e greve vai continuar
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quer que o Governo tenha uma ação mais interventiva na greve dos motoristas de transportes de matérias perigosas. "O conflito é com privados mas mexe com o interesse público. Não basta negociar a garantia de serviços mínimos, é preciso começar a negociar a questão de fundo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações ao jornal "Expresso".
Marcelo garante que está a acompanhar a situação, em permanente contacto com o primeiro-ministro, e espera do Executivo uma intervenção mais musculada na mediação do conflito. No imediato, e perante as pesadas consequências sociais desta greve, Marcelo espera particular atenção à eventual necessidade de alargar o âmbito da requisição civil.
O "Expresso" refere, por um lado, Belém vê com bons olhos que se alargue a requisição civil a todo o país, para garantir o fornecimento de combustível aos milhares de pessoas que planeavam "passar a Páscoa com as famílias". Por outro lado, a hipótese do Governo ter que subir um patamar no âmbito da requisição civil, para lá dos serviços mínimos, também agrada ao Presidente.
Nestas declarações ao semanário, Marcelo manifesta-se preocupado com o risco de este conflito alastrar a outros camionistas com cadernos reivindicativos que igualmente aguardam resposta.
O "Expresso" escreve ainda que para o Presidente é incompreensível que o Governo tenha desvalorizado a situação depois do pré-aviso de greve que data de 1 de abril. O argumento de que antecipar o alarido social não convinha a ninguém não convence Marcelo, que espera ver o Governo a intervir de forma mais ativa para que "a questão de fundo" - as reivindicações laborais em jogo - também comecem a ser desbloqueadas.
Está a ser afetado/a pela crise dos combustíveis? Partilhe connosco o que viu e viveu deixando o seu feedback nos comentários ou enviando as suas imagens para online@rr.pt.