Numa altura em que o Governo está confrontado com exigências de aumento de salário por parte de professores e enfermeiros, o ministro das Finanças deixa claro que não há margem para aumentos.
Em declarações ao jornal “Expresso”, Mário Centeno contraria as indicações deixadas pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que pressionou o Governo a negociar com enfermeiros e professores, e é claro. “Não há margem nenhuma para acomodar novos aumentos de despesa”.
Embora a economia europeia esteja a desacelerar, o PIB português tenha fechado em 2018 com um crescimento duas décimas abaixo do estimado e o Estado tenha de meter ainda mais de mil milhões de euros no Novo Banco, Mário Centeno não se desvia da meta do défice de 0,2% do PIB para este ano.
Esta linha vermelha traçada pelo ministro das Finanças ao “Expresso”, acontece quando o Governo se prepara para regressar à mesa de negociações com os enfermeiros, funcionário públicos e professores, embora, aparentemente, sem nada para oferecer em termos de aumentos.