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Os físicos Rainer Weiss, Kip Thorne, Barry Barish, conjuntamente o Laboratório LIGO, onde 18 países colaboram, foram distinguidos esta quarta-feira com o Prémio Princesa das Astúrias para a Investigação Científica e Técnica 2017.
O júri do prémio destacou os avanços conseguidos pela colaboração de todas estas entidades na detecção directa das ondas gravitacionais, ondulações do espaço-tempo, antecipadas há um século por Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade Geral.
“Esta realização responde a um dos desafios mais importantes da física em toda a sua história”, acrescentam os jurados.
O prémio reconhece o talento individual e a obra colectiva de mais de mil investigadores de uma centena de instituições de 18 países.
Os físicos Rainer Weiss, Kip S. Thorne y Ronald Drever (falecido em Março passado) propuseram nos anos 1980 a construção do Observatório de Interferometria Laser de Ondas Gravitacionais (LIGO, em inglês) para a detecção das ondas gravitacionais – ondulações no tecido do espaço-tempo.
O observatório foi dirigido entre 1997 e 2006 pelo físico Barry C. Barish, que impulsionou a fundação em 1997 da colaboração científica LIGO.
Este é o sétimo galardão que a Fundação espanhola Princesa das Astúrias já anunciou este ano, depois de ter distinguido o artista sul-africano William Kentridge com o prémio das Artes, o grupo argentino de músicos e humoristas Les Luthiers com o da Comunicação e Humanidades, a Hispanic Society of America com o da Cooperação Internacional, a selecção de rugby da Nova Zelândia com o dos Desportos, a pensadora e investigadora britânica Karen Armstrong com o das Ciências Sociais e o poeta polaco Adam Zagajewski com o da Literatura.
Cada um dos prémios Princesa das Astúrias inclui uma escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró e 50 mil euros, entregues numa cerimónia presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, que terá lugar em Outubro no teatro Campoamor, em Oviedo.