Começamos por cá, onde, a Lusa acaba de avançar que “o Ecofin vai discutir o adiamento de sanções a Portugal e Espanha “. Os ministros das Finanças da União Europeia vão discutir na sexta-feira, no Luxemburgo, a decisão da Comissão Europeia de adiar decisões sobre eventuais sanções a Portugal e Espanha devido ao défice. OIsto segundo declarações, já hoje, de Jeroen Dijsselbloem, durante um debate na Comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Ainda por cá, destaque para o jornal “Público”, com um artigo sobre Carlos Moedas, sob o título: “Quem é o senhor 80 mil milhões e o que pode ele fazer por Portugal?”. O comissário português é ex-Secretário de estado do Governo anterior, mas tem uma boa relação com o actual executivo. O jornal explica o papel de Carlos Moedas a defender Portugal em Bruxelas e cita mesmo a actual Secretária de Estado dos Assuntos Europeus. Margarida Marques diz que “a defesa do interesse nacional é muito importante nestes cenários, assim como o poder de persuasão. E que Moedas tem apoiado a estratégia de Portugal”.
Numa entrevista ao “Económico”, o especialista em Recursos Humanos Amândio da Fonseca garante que as “Leis laborais portuguesas são das mais flexíveis da Europa”. Este especialista rejeita que a legislação do trabalho seja demasiado rígida e garante que é uma das mais flexíveis da Europa. Ele dá mesmo um exemplo: “É mais difícil eu despedir uma pessoa na Bélgica do que despedi-la em Portugal”.
No jornal online “Observador”, a União Europeia defende o “máximo grau de transparência” por parte de Moçambique. Um pedido feito através do embaixador da União Europeia em Moçambique, para que seja recuperada a confiança dos parceiros internacionais, considerando que o grupo de doadores ao Orçamento de Estado, que suspendeu o apoio, está a avaliar as consequências das dívidas escondidas.
Lá por fora, “Brexit”, “Brexit” e mais “Brexit”. A pouco mais de uma semana do referendo à continuidade do Reino Unido na União Europeia. Duas novas sondagens dão vantagem aos defensores da saída e vêm publicadas no “The Guardian”. Dão 6 pontos de vantagem aos partidários do chamado “Brexit”, com o “Sim” à continuidade do Reino Unido a ter 47% das intenções de voto, enquanto o “Não” está nos 53%. Ainda por cima, juntaram-se agora os influentes tablóides a este duelo de argumentos. Todos são contra a permanência e ainda hoje o “The Sun” pede aos britânicos para se livrarem do que chama uma “Bruxelas ditatorial”.
Já a BBC, foi pegar no exemplo da Noruega. Um país que não faz parte da União Europeia mas que, nem por isso, deixa de estar integrado na Europa. Para a cadeia britânica, é um bom exemplo de como um país pode estar na Europa sem fazer parte da comunidade.
Do outro lado do Atlântico, a NBC diz que “o maior medo quanto à saída do Reino Unido é que podemos estar a assistir ao fim da união Europeia tal como a conhecemos”. Há mesmo a citação de Donald Tusk em declarações ao “Bild”, onde este alto responsável diz temer que “possa ser o princípio do fim também do sistema político ocidental”.
No “New York Times”, lê-se que o debate sobre a saída britânica está agora também inflamado pela possibilidade de a Turquia poder aderir à União Europeia. Algo que traz a debate questões de raça, religião e tolerância e que estavam arredadas até agora da campanha.