O recurso à energia nuclear está a aumentar na União Europeia (UE) e já representa 25% da produção total.
De acordo com o Eurostat, em 2021, um quarto da energia produzida na União Europa teve origem no nuclear. Em comparação com 2020, registou-se um aumento de 7%.
Apesar de 14 países não terem reatores nucleares, incluindo Portugal, e dos ataques à central de Zaporíjia, na Ucrânia, terem exposto novamente os riscos desta opção, o nuclear continua a ser considerado uma opção.
Esse caminho foi reforçado pela própria UE, que cedeu agora ao nuclear, como uma das alternativas ao gás natural proveniente da Rússia.
Entre os produtores, França lidera e é responsável por mais de metade da produção de energia nuclear: 52%, ou seja, 379.361 gigawatts-hora (GWh). A seguir está a vizinha Alemanha, com 9% da produção total (69.130 GWh). Destacam-se ainda Espanha (8%), Suécia e Bélgica (ambas com 7%).
Só estes cinco países "representaram mais de 83% da quantidade total de eletricidade gerada em instalações nucleares na União Europeia", explica o Eurostat.
Apesar haver menos reatores - são agora 106, menos três do que em 2020 -, há maior produção de energia nuclear. Ao todo, em 2021, foram produzidos no espaço comunitário mais 48.189 GWh de energia através do nuclear, para um total de 731.701 GWh de eletricidade nuclear.
São 13 os Estados-membros a produzir energia nuclear: Bélgica, Bulgária, Chéquia, Alemanha, Espanha, França, Hungria, Holanda, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Finlândia e Suécia.
Além de maior produtor, a França é também o Estado-membro mais dependente desta fonte de energia, que representa 69% do total de energia que produz.
Na lista dos que não produzem energia nuclear estão Portugal, Dinamarca, Estónia, Irlanda, Grécia, Croácia, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Áustria e Polónia.