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Durante o período de regresso do ensino presencial no fim do ano letivo, foram registados casos de Covid-19 em 1,1% dos estabelecimentos de ensino e só oito escolas tiveram de ser encerradas, o que representa 0,2% dos 3.500 estabelecimentos de ensino que reabriram.
Os números são do Ministério da Educação e, na opinião e Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, mostram que “compensou ter aberto de facto uma parte do ensino presencial nas últimas semanas do último ano letivo”.
Segundo os dados enviados pelo Ministério da Educação à Renascença, durante o período de 18 de maio a 26 de junho foram encerradas cinco escolas secundárias e três jardins de infância devido a casos de Covid-19.
Foram detetados casos em mais estabelecimentos de ensino, num total de 40, também segundo os dados do ministério, mas só oito tiveram de fechar. Esses 40 representam 1,1% dos 3.500 estabelecimentos de ensino que reabriram no final do ano escolar.
O ensino presencial só foi retomado para os 11.º e 12.º anos e nos jardins de infância. Segundo o Ministérios da Educação, nos jardins de infância só foram registados casos pessoal em adultos (pessoal docente e não docente).
“O Ministério da Educação trabalhou em articulação com as autoridades de saúde na monitorização dos casos de Covid-19 em ambiente escolar, que são a entidade competente para decidir o encerramento de escolas”, refere a nota de resposta ao pedido da Renascença.
“Foi de facto uma percentagem muito pequena de pessoas infetadas, o que quer dizer que, cumpridas regras – as regras que aconselhamos, nomeadamente da distância física, da máscara, da higienização, de evitar contato próximo, grandes afetos, evitar aglomerados – as vantagens de frequentar o ensino superam muito o risco”, disse esta sexta-feira a diretora-geral da Saúde também em resposta à Renascença.
Graça Freitas acrescentou que os alunos jovens que foram infetados “ficaram com doença muito ligeira e foram seguidos em domicílio e os seus contatos igualmente”.
O que leva a responsável pela autoridade sanitária a concluiu que, embora não exista “risco zero”, a lição do regresso do ensino presencial dá indicadores positivos para o início do próximo ano letivo.
“Aprendemos que, se forem tomadas medidas preventivas, ainda reduzimos mais o risco que existe e, portanto, é isso que vamos todos em conjunto, a começar pelos alunos e pela comunidade educativa, fazer no início do próximo ano”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa desta sexta-feira.
EVOLUÇÃO DA COVID-19 EM PORTUGAL