O ministro da Administração Interna recebe, nesta sexta-feira, os três sindicatos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a quem, pela primeira vez, deverá anunciar os planos de reforma que tem para a estrutura.
Nos bastidores, tem-se criado uma união inédita de todos estes sindicatos e a resposta promete ser proporcional ao desagrado. Se a reforma implicar mesmo o fim do SEF, tal como ele hoje existe, os próximos meses adivinham-se agitados naquele serviço.
Numa assembleia geral de funcionários, realizada online na passada terça-feira, os três sindicatos do SEF afirmaram estar preparados para tudo.
Foram analisados vários cenários de contestação, alguns deles a serem preparados há vários dias, um pouco por todas as direções, unidades e departamentos do SEF espalhados pelo continente e ilhas.
Salvo outras iniciativas guardadas com maior reserva, as que mereceram o apoio quase unânime dos 400 participantes nesse encontro foram, sobretudo, três: a realização de uma greve geral, com datas e contornos ainda por definir, a demissão em bloco de todos os funcionários que atualmente ocupam cargos de chefia, seja a que nível for e está ainda a ser pensado, de modo a dar também visibilidade internacional ao protesto, o abandono de todos os grupos de trabalho que o SEF atualmente coordena no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.
A resposta está preparada e parece ter uma forte adesão interna. Se avança ou não, depende daquilo que Eduardo Cabrita disser nesta sexta-feira aos sindicatos – nomeadamente, se o ministro anunciar que o SEF vai mesmo ser dividido ou desmantelado.
As reuniões são entre as 10h00 e as 12h00.