"Espetáculo deplorável", é a expressão usada pelo Bloco de Esquerda para classificar a troca de acusações entre PS e PSD sobre a questão de familiares no Governo. Este sábado, na Amadora, num encontro nacional autárquico, Catarina Martins centrou o discurso nas eleições europeias, lançando críticas em várias direções.
"Nos últimos dias temos assistido a um espetáculo um pouco deplorável. Vemos PS e PSD a tentarem perceber quem é que teve mais familiares no Governo", começou por dizer a líder bloquista.
Sobre o PSD, Catarina Martins diz que os sociais-democratas ainda estão "a tentar perceber se o Paulo Rangel tinha razão quando defendia que os advogados não podiam ser deputados ou afinal tem razão quando acumula as duas funções como se nada fosse".
E nem o CDS-PP escapou às críticas da líder do BE: "vemos o CDS a tentar esconder o Nuno Melo e a apresentar já os candidatos para as legislativas como se nem sequer tivéssemos eleições europeias".
Para Catarina Martins, "ninguém está a debater o que importa" que, na são opinião, são questões como a saúde, educação, transportes, questões do dia a dia que também são europeias.
O encontro nacional bloquista era local, mas as eleições europeias foram mesmo o centro dos discursos.
A cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda, Marisa Matias apontou baterias ao candidato socialista, Pedro Marques, por causa do anunciado corte de 7% nos fundos de coesão.
"O ministro Pedro Marques tentou justificar o corte e fazer disso uma bandeira política para validar a política nacional. O candidato Pedro Marques tenta justificar um aumento que não existe para fazer disso uma bandeira enquanto candidato às eleições europeias. Para nós significa na mesma um corte de 1,6 mil milhões de euros nos fundos de coesão", disse Marisa Matias