Os militares ucranianos enganaram os russos, que não esperavam um ataque no norte, na região de Kharkiv.
A vitória ucraniana nesta batalha não é o fim da guerra; mas já influenciou a cotação do euro, que subiu em relação ao dólar – agora um euro vale um pouco mais do que um dólar.
A Reserva Federal, o banco central americano, tem vindo a subir os seus juros e continuará a fazê-lo, o que atrai investidores estrangeiros. O BCE só começou a subir os juros meses depois.
O dólar serve também de moeda de refúgio, até porque a vasta economia americana tem crescido, ao passo que a economia europeia dá sinais de recessão. Daí que, a prazo, não seja realista esperar que o euro ultrapasse significativamente o dólar.
Os juros da dívida pública portuguesa subiram, acompanhando o movimento geral em alta dos juros das dívidas soberanas na Europa. Mas os juros da dívida portuguesa a dez anos mantêm-se abaixo dos juros das dívidas de Espanha, Itália e Grécia, o que é positivo.
Também positivas foram as recentes subidas dos “ratings” da dívida portuguesa por parte de duas agências de notação financeira.
No final de agosto a canadiana DBRS e a 9 de setembro a Standard & Poor’s subiram a notação da dívida portuguesa para níveis que já não são de “lixo” e que o Estado português não conseguia há 11 anos.
Estas agência dão orientações aos investidores, classificando as dívidas consoante as perspetivas de elas serem, ou não, capazes de pagar os empréstimos que os Estados recebem. É um instrumento útil aos capitalistas, mas também uma fonte de maior ou menor tranquilidade para os devedores, como é o caso de Portugal.
E os devedores da grande dívida pública portuguesa somos todos nós, os contribuintes
O Governo espera aumentar a despesa do Estado com juros, em 2023, o que não acontecia desde 2014.
É realista, mas importa que o serviço da dívida pública não absorva uma parte excessiva da receita dos impostos, como aconteceu em anos passados.
Portugal terá ainda que emitir dívida durante muitos anos.