Aumento das pensões mais baixas é positivo, mas “não é suficiente”, diz APRE
19-01-2023 - 11:42
 • Hugo Monteiro

Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados defende que o Governo podia ter ido mais longe, porque mesmo com a subida do CSI, as reformas mais baixas continuam longe do limiar da pobreza.

A presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE) diz que o aumento anunciado pelo Governo é positivo, mas insuficiente.

Maria do Rosário Gama acredita que o Governo podia ter ido mais longe, porque mesmo com a subida do CSI, as reformas mais baixas continuam longe do limiar da pobreza.

“É importante que isto aconteça, principalmente num momento de tão alta inflação”, começa por dizer Maria do Rosário Gama, acrescentando que “não é suficiente porque, ainda está 66 euros abaixo do limiar da pobreza”.

Mesmo que, com o complemento, já previsto no Orçamento do Estado, estas reformas cheguem aos 488 euros, ficam sempre aquém dos 554 euros - o rendimento mensal abaixo do qual se considera que uma família se encontra em risco de pobreza.

“Penso que podiam ter ido mais longe, até com os fundos dos Plano de Recuperação e Resiliência”, o que era muito importante para “aproximar as reformas desse limite”, conclui a responsável da APRE.

O Governo vai aumentar o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI), o apoio destinado às pensões de velhice mais baixa. São mais 50 euros por mês para as pensões até aos 438 euros.

Em declarações à Renascença, a ministra do Trabalho e da Segurança Social disse tratar-se de uma medida essencial para combater a pobreza junto dos idosos, classificando o aumento como “histórico”.