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Apesar do “investimento como nunca houve" nas forças de segurança, “é preciso fazer mais”, afirma o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, num dia em que milhares elementos da PSP e GNR se manifestaram, em Lisboa.
Numa conferência de imprensa após um dia de protestos, que juntaram 13 mil polícias segundo a organização, o ministro lembrou a obra feita, falou das medidas previstas e prometeu continuar o diálogo com os sindicatos da Polícia de Segurança Pública e associações da Guarda Nacional Republicana.
“O que é essencial são as ações. o dialogo é fundamental para a concretização dessas ações. Por isso, o Governo tem a legitimidade de ter aprovado, pela primeira vez, uma lei de programação que permite, hoje, um nível investimento como nunca houve nas forças de segurança. São 450 milhões entre 2018 e 2021”, destaca Eduardo Cabrita.
O governante congratula-se pelo “maior nível de promoções em dois anos consecutivos na última década”, por ter “desbloqueado as carreiras”, mas admite que é preciso fazer mais.
“Estamos de acordo, não chega, é preciso fazer mais. É necessário aprofundar este trabalho. Por isso, nas primeiras semanas de Governo apresentámos aos sindicatos uma agenda de trabalho que integra uma dimensão ampla: pela primeira vez um plano plurianual de admissões, uma visão global do modelo remuneratório e do sistema de suplementos e de remunerações suplementares, um regime de segurança e saúde no trabalho”, salientou.
Eduardo Cabrita fez questão de registar “a afirmação de maturidade democrática e sindicalismo responsável que constitui a manifestação de hoje”.
As forças de segurança são essenciais para o país e, durante as reuniões com os sindicatos, “vamos percebendo os sentimentos de manifestação de anseios compreensíveis”, disse o ministro.
“Aquilo que iremos fazer é dar continuidade a trabalho intenso, exigente, adequado aquilo que são as restrições e dificuldades que comtemplam decisões com impacto significativo numa política global na função pública”, afirmou Eduardo Cabrita.