O presidente do PSD, Luis Montenegro, admite pedir eleições antecipadas depois das eleições europeias. A hipótese é avançada pelo líder do partido em entrevista ao jornal digital ECO.
“Vamos imaginar que aquilo que aconteceu neste primeiro ano, vai acontecer no segundo ano nos mesmos termos e chegamos às europeias e o povo tem uma decisão inequívoca… Se calhar, nessa altura, poderá haver condições para o país político, a começar pelo principal partido da oposição, poder tirar ilações”, afirma Montenegro.
Nesta entrevista, o líder do PSD mostra-se confiante que, seja qual for a data, será o próximo primeiro-ministro de Portugal.
“Tenho uma grande confiança de que vou ser primeiro-ministro
e que isso vai acontecer nas próximas eleições legislativas. Só não sei quando
elas vão ser, sendo que o princípio é que serão em 2026“, insiste.
Noutro plano, Luís Montenegro considera que Fernando Medina é um ministro que está politicamente diminuído, embora reconheça melhorias ao nível da redução do défice e da dívida.
“O processo de equilíbrio das finanças públicas dos últimos anos é melhor do que pior para Portugal, mas está muito longe de ser o ideal“, refere. Em matéria de contas, o presidente do PSD critica duramente as decisões em torno do aumento de pensões para 2023.
“O que me incomodou e que achei, e acho, de facto, não há nada como ser direto, uma das piores facetas do primeiro-ministro foi a forma dissimulada, o truque, aquela habilidade, aquela chico-espertice, mesmo, que fez com o corte de mil milhões no sistema de pensões“, acusa.
O presidente do PSD antevê ainda que o Governo vai ter a necessidade de dar mais apoios sociais extraordinários em 2023 para fazer face ao aumento da inflação.