O número de mortos na China na sequência do coronavírus mantém-se nos 17. Nesta quinta-feira de manhã, a Sky News avançava um novo balanço (que apontava para 25 mortos), mas acabou por corrigir a notícia, dizendo que houve um erro de tradução.
De acordo com a cadeia britânica, as 17 vítimas mortais são 13 homens e quatro mulheres com idades superiores a 60 anos. Dez já sofriam de dificuldades respiratórias.
A notícia corrigida centra-se agora no facto de haver uma segunda cidade isolada por causa da epidemia: Huanggang, situada a 65 quilómetros de distância, onde os moradores foram instruídos a não sair da cidade, a não ser em caso de necessidade.
Wuhan, considerada o epicentro do surto, já foi isolada e colocada de quarentena. Toda a rede de transportes (comboios, autocarros, ferries e metro) foi suspensa e os 11 milhões de habitantes têm ordem para usar máscaras nos locais públicos e no trabalho.
De acordo com o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China, “tentar conter uma cidade de 11 milhões de pessoas é algo novo na ciência. Nunca foi tentado antes em termos de medida de saúde pública e, nesta altura, não podemos dizer se irá resultar ou não”.
O coronavírus – uma nova infeção viral, que pode causar pneumonia e que se transmite de pessoa para pessoa – não tem ainda uma vacina.
Os sintomas incluem febre, tosse e dificuldade em respirar.
Embora a origem desta nova estirpe ainda não tenha sido identificada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que a fonte primária tenha sido um animal.
Na quarta-feira, a organização reuniu o seu Comité de Emergência (formado por especialistas de diversos países, incluindo epidemiologistas chineses) para decidir se declara emergência de saúde pública internacional.
O vírus teve origem na cidade central de Wuhan, na província de Hubei, no final de 2019 e, desde então, tem vindo a espalhar-se para Pequim, Xangai, tendo já chegado aos territórios autónomos de Macau e Hong Kong. Recorde-se que o surto surge numa altura em que, na China, milhões de pessoas se deslocam pelo país e arredores para comemorar o novo ano lunar.
Fora da China, há relatos de casos nos Estados Unidos, na Tailândia, na Coreia do Sul, no Japão e em Taiwan (Formosa). Tudo de pessoas que haviam estado recentemente em Wuhan.
[Notícia atualizada às 10h20, com correção do balanço]