A Ordem dos Médicos arquivou uma das queixas contra obstetra Artur Carvalho, envolvido no caso do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal.
Ao que relata o jornal “Público”, o Conselho Disciplinar Regional do Sul da Ordem dos Médicos concluiu que o caso já tinha mais de nove anos, estando por isso prescrito. Tratava-se do caso de um bebé com uma malformação no cérebro que devia ter sido detetada às 19 semanas, mas que Artur Carvalho apenas detetou às 31.
Os factos ocorreram em 2010. A situação “acabou por ter que ser resolvida através de uma interrupção médica da gravidez, já numa fase muito avançada da gestação, com todos os problemas físicos, psicológicos e emocionais daí resultantes para a grávida”.
Contudo, existem outras 17 queixas contra o médico, incluindo o caso do “bebé sem rosto” nascido em Setúbal no ano passado.
As queixas a este médico tornaram-se públicas com o nascimento de Rodrigo, no Hospital de São Bernardo, a 7 de outubro, sem olhos, nariz e parte do crânio.
Durante a gestação, foram efetuadas as três ecografias habituais com o obstetra, mas os pais nunca foram alertados para a existência de qualquer malformação.
Em todos os casos os bebés nasceram com malformações graves, em alguns foram submetidos a várias cirurgias. Sobreviveram, mas vivem com problemas.