O Presidente da Ucrânia alertou, esta segunda-feira, para o facto de o futuro da Europa estar a ser decidido pela resistência ucraniana.
Volodymyr Zelenskiy pediu aos líderes ocidentais para lhe darem mais aviões militares e disse ser necessário aumentar a pressão económica, apelando a um embargo comercial à Rússia, a nível internacional.
“Quantas mais mortes vão ser necessários para protegerem os nossos céus? Aguardamos uma decisão, seja com a força que vocês têm ou que nos forneçam aviões e sistemas antiaéreos que nos darão força para fazê-lo”, apelou o líder ucraniano, que denunciou novos ataques a áreas residenciais de Mykolayiv e Kharkiv.
“Não faz sentido do ponto de vista militar, é simplesmente terror.”
“Se a invasão continuar e a Rússia não parar é necessário um novo pacote de sanções...em nome da paz", pediu Zelenskiy, dando como sugestões um boicote às exportações e importações russas, além de um boicote ao petróleo e derivados.
Ao 12.º dia de guerra e no dia em que está prevista uma terceira ronda de negociações com a Rússia, Zelenskiy defendeu uma vez mais a luta da Ucrânia pela paz.
"Não há sangue na nossa bandeira. Nunca haverá pontos negros, nem pântanos. A bandeira ucraniana é a terra. Pacífica, fértil, dourada e sem tanques. Este céu é pacífico, claro, azul e sem mísseis. Foi assim. E assim será", escreveu o presidente ucraniano, em inglês, na introdução do vídeo.
A Ucrânia recusou os corredores humanitários para retirada de civis das cidades bombardeadas que tenham como destino a Rússia ou a Bielorrússia, como ofereceu Moscovo, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, classificando a opção “inaceitável”.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.