O Ministério da Educação vai pedir que sejam decretados serviços mínimos na greve dos professores aos exames e avaliações finais.
"Esta decisão visa garantir o interesse dos alunos e famílias - em particular na dimensão de previsibilidade que o ciclo avaliativo deve ter". refere o gabinete do ministro João Costa, em comunicado.
A tutela refere que "acresce a necessidade de garantir o acesso ao ensino superior".
O Ministério da Educação argumenta que "o direito à avaliação e a conclusão dos processos avaliativos são determinantes para a matrícula e inscrição no próximo ano letivo, dando, em particular aos alunos que terminam ciclos e mudam de escola ou de percurso, o tempo e as condições para as suas escolhas, a serenidade às escolas para a preparação do próximo ano letivo sem necessidade de convocatórias sucessivas de reuniões de avaliação".
O ministro João Costa destaca o que diz serem os "avanços feitos nos últimos meses que resultaram em decisões muito relevantes para os professores", nomeadamente, "a introdução de escalões remuneratórios para professores contratados, o reposicionamento na carreira dos milhares de professores que vão vincular já este ano, o dispositivo de aceleração das carreiras para mitigação dos efeitos do congelamento, entre outras medidas específicas para a carreira docente".
Estas medidas comportam um investimento de cerca de 300 milhões de euros na valorização da carreira docente, sublinha o Ministério da Educação.
Nove organizações sindicais de professores anunciaram esta quarta-feira que vão fazer greves aos exames nacionais e às avaliações finais, deixando ainda a promessa de manter a luta no próximo ano letivo, se os problemas se mantiverem.
De acordo com Mário Nogueira, a "bola" está agora do lado do Ministério da Educação.