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Numa carta aberta às empresas de distribuição, super, hipermercados e cadeias especializadas, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP) diz que “há milhares de trabalhadores do setor que nunca trabalharam" no 1.º de Maio e que reclamam o seu encerramento desde “o momento em que uma alteração legislativa possibilita o funcionamento dos estabelecimentos comerciais".
No texto, a que a Renascença teve acesso, o sindicato sublinha que “as empresas de distribuição, por serem consideradas essenciais no abastecimento de produtos de primeira necessidade à população, mantiveram-se sempre em funcionamento”. Aos seus trabalhadores, “foi pedido que, apesar dos receios, do cansaço, do stress associado e dos problemas na conciliação com a vida pessoal e familiar, permanecessem ininterruptamente ao serviço”.
Nestas declarações, a presidente do CES, Filipa Costa lembra que, “no atual momento de estado de emergência, não é possível avançar para a greve no Dia do Trabalhador, como tem sido feito ao longo dos últimos anos”.
Por outro lado, a sindicalista recorda que “este ano, no dia de Páscoa, as empresas decidiram encerrar as suas lojas”. Filipa Costa revela que, “por exemplo, a Macro é uma das empresas que já informaram que iriam encerrar no dia um de maio” e manifesta a esperança de que outras lhe sigam o exemplo.
“Queremos acreditar que as outras grandes empresas do setor também o façam porque, efetivamente, muitos trabalhadores, no 1.º de Maio, costumam fazer greve, costumam ter o seu dia. É o Dia Internacional do Trabalhador”, refere a sindicalista.
Por outro lado, “as empresas têm vendido muito neste período de crise, com dias de loucura nas lojas”. “Queremos acreditar que as empresas irão dar esse passo”, conclui.
A Renascença já contactou a Associação de Empresas de Distribuição (APED), aguardando por uma reação.