Há, pelo menos, 300 aviões Boeing 737 MAX 8 que têm defeitos de fabrico. A conclusão é da Agência Federal de Aviação norte-americana, que fala em componentes mal fabricados, que têm de ser substituídos.
Esta autoridade aeronáutica detetou problemas em componentes das asas que podem provocar danos no aparelho em pleno voo, avança a agência Reuters.
Segundo o regulador, uma falha total destas componentes pode provocar a queda do aparelho. Face a estas conclusões, vai emitir uma diretiva para ordenar a identificação e retirada destas peças no prazo de dez dias.
O avião mais vendido da Boeing, deixou de voar praticamente em todo o mundo após os dois desastres fatais, em menos de cinco meses.
O primeiro acidente com um avião desta tipologia ocorreu ao largo da costa da Indonésia. A 29 de outubro de 2018, o voo 610 da Lion Air despenhou-se no Mar de Java 13 minutos após ter levantado voo. Morreram 189 pessoas, entre passageiros e tripulação.
Em março deste ano, um 737 Max 8, operado pela Ethiopian Airlines, que matou 157 pessoas a 10 de março, partiu da capital etíope, Adis Abeba, com destino à capital do Quénia, Nairobi, tendo caído poucos minutos depois numa zona chamada Hejeri, perto da cidade de Bishoftu.
O atual MAX 8 é a quarta geração do famoso Boeing 737, tendo levantado voo pela primeira vez em 2017 ao serviço da “low cost” indonésia Lion Air.
A carteira de encomendas ultrapassa as 5.100 unidades, sobretudo por parte das companhias aéreas de baixo custo. Ao todo, há mais de 80 operadoras a encomendar este avião, segundo a “Bloomberg”, incluindo também algumas versões de outras gerações do 737 (Max 7, 9 e 10).
O preço desta aeronave ronda os cerca de 97,8 milhões de euros (100 milhões de dólares).