O Presidente norte-americano, Donald Trump, foi levado para um “bunker” na Casa Branca durante uma manifestação, na sexta-feira, em frente à residência oficial, em Washington, avança o "New York Times".
De acordo com o jornal, Trump esteve cerca de uma hora durante o local seguro, com a esposa, Melania Trump, e o seu filho, Barron, antes de regressarem à normalidade.
A polícia disparou gás lacrimogéneo em frente à Casa Branca, no domingo, para dispersar manifestantes que protestavam contra a morte do afro-americano.
Cerca de mil manifestantes concentraram-se em frente à residência do Presidente dos Estados Unidos, gritando palavras de ordem e ateando fogos, numa altura em que Washington regista confrontos violentos noutras partes da cidade.
O incidente deu-se uma hora antes do recolher obrigatório decretado pelas autoridades, a partir das 23h00 de domingo (4h00 de hoje em Lisboa).
Sinais de trânsito arrancados, barreiras de plástico e até uma bandeira dos Estado Unidos foram usados como combustível para atear fogos no parque em frente à Casa Branca, enquanto a Norte da cidade se registaram pilhagens de várias lojas e um cinema.
Em causa estão as manifestações violentas contra a morte de George Floyd, de 46 anos, que faleceu enquanto era detido pela polícia de Minneapolis, desencadeando uma onda de protestos e motins contra a brutalidade policial nessa cidade e noutras partes do país, desencadeando várias altercações.
Pelo menos 4.100 pessoas já foram detidas durante as pilhagens e no decorrer de bloqueios nas estradas, bem como pelo incumprimento do recolher obrigatório imposto em várias cidades norte-americanas.
Donald Trump já pediu mão pesada contra os manifestantes em Minneapolis, Estado do Minnesota, que apelidou de “esquerda radical” e expressou disponibilidade para enviar o exército para reprimir os protestos contra a morte de George Floyd.
“Temos o exército preparado e disposto. Se [as autoridades do Minnesota] quiserem chamar o exército, podemos ter as tropas no terreno muito rápido”, afirmou Donald Trump, em declarações feitas aos jornalistas em Washington.
Os quatro polícias envolvidos foram já despedidos da força policial e o agente Derek Chauvin foi acusado de assassínio e homicídio involuntário. A mulher já anunciou o divórcio após os acontecimentos.