É um crescimento de mais de 200%. Em 2022, a Torre dos Clérigos, no Porto, recebeu 1,2 milhões de visitantes. Os dados são revelados esta quinta-feira pela Irmandade dos Clérigos.
Em comunicado, a gestora do monumento composto pelo conjunto da igreja, museu e da torre sineira indica que 70% dos visitantes são estrangeiros. Na lista das nacionalidades que mais procuram este ícone do barroco estão os espanhóis, seguidos dos franceses. Contudo, a Irmandade explica que no último ano surgiram também visitantes norte-americanos que ocupam agora o terceiro lugar das nacionalidades que mais visitam os Clérigos.
“Os dados revelados por diversas entidades ao longo das últimas semanas consolidam o posicionamento do ano 2022 como o de viragem para o turismo, com o regresso das viagens sem restrições de monta à circulação, e os Clérigos não são exceção”, diz a Irmandade.
Este crescimento “assinalável”, como a Irmandade classifica, permite também um crescimento nas receitas, “que permitiram à Irmandade dos Clérigos equilibrar as suas contas e consolidar os apoios à comunidade”, lê-se no comunicado.
Segundo declarações do Padre Manuel Fernando, presidente da Irmandade dos Clérigos “para esta recuperação fantástica” contou “o regresso dos turistas ao país e, em particular, ao Porto e Norte de Portugal, e, de forma significativa, com a recetividade à agenda cultural, designadamente a exposição dos desenhos de Álvaro Siza e os concertos de carrilhão, mas também o espetáculo de multimédia Spiritus”.
Em comunicado, a Irmandade acrescenta que “ao longo de 2022, o Complexo dos Clérigos acolheu vários eventos de vulto. Entre estes, destaque para o lançamento de vários livros – entre os quais “A questão sobre Deus é o não saber explicar”, de D. José Tolentino de Mendonça –, a exposição dos desenhos feitos por Álvaro Siza durante o confinamento motivado pela COVID-19 e a inauguração da exposição com os legados dos presidentes da Irmandade dos Clérigos”.
Classificada como Monumento Nacional desde 1910, o conjunto arquitetónico dos Clérigos integra a emblemática Torre dos Clérigos, da autoria do arquiteto Nicolau Nasoni. Tanto a Torre como a Igreja são a casa da Irmandade desde 1748.