Foram longos meses de esquivas de Rúben Amorim sempre que os jornalistas lhe perguntavam se o seu Sporting era candidato a campeão. O técnico leonino nunca se deixou seduzir pelas boas perspetivas que se iam abrindo à sua equipa, à medida a que as jornadas iam decorrendo com os leões sempre somarem pontos.
E, naturalmente, o treinador dos leões nunca desejou perder de vista aquela ideia pública e publicada antes do começo do campeonato, segundo a qual ao Sporting caberia somente a escassa percentagem de 4%, segundo as casas de apostas, que atribuíam a Benfica e Porto a grande fatia desse bolo, do qual também o Braga não haveria de partilhar.
Ontem, finalmente, Rúben Amorim não conseguiu fugir à evidência.
A vitória final está ali ao alcance da mão, e apesar de os portistas terem ontem goleado o Farense, faltam apenas dois pontos para que o grande objetivo seja alcançado.
Em três jogos, com Boavista, Benfica e Marítimo no horizonte mais próximo, os leões não irão certamente vacilar, podendo, inclusive, fazer já hoje a grande festa que se mantém adiada quase há duas décadas.
Festa que está já a ser preparada há algum tempo, e que será aproveitada para honrar os méritos dos jogadores, treinador, e estrutura leonina, com Frederico Varandas à frente, e que deveria igualmente servir para unificar a família leonina, desavinda há largo tempo por razões que se conhecem mas não reconhecem.