O ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont foi libertado pela justiça italiana, mas fica impedido de abandonar a ilha da Sardenha até uma decisão final sobre o pedido de extradição feito pelas autoridades espanholas.
Carles Puigdemont foi detido na quinta-feira, ao abrigo de um mandado internacional emitido pelo Supremo Tribunal espanhol.
O político catalão é arguido por crimes de rebelião e desvio de fundos, entre outros, pelo seu papel na organização do referendo considerado ilegal na Catalunha, a 1 de outubro de 2017.
A justiça italiana decidiu libertar Carles Puigdemont, de 58 anos, enquanto se esclarecem dúvidas sobre a imunidade do antigo presidente da Generalitat.
Em fuga desde 2017 devido ao seu papel na tentativa falhada de independência da região espanhola da Catalunha, Carles Puigdemont continua a ser procurado pelo sistema judicial espanhol, que o acusa de "sedição" e "apropriação indevida de fundos públicos".
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu "hoje, mais do que nunca", o diálogo na Catalunha, apesar das consequências que possa ter a detenção de Carles Puigdemont.
"Hoje mais do que nunca é importante reivindicar o diálogo, porque o diálogo é a única forma de se poder reencontrar", disse Sánchez durante uma visita à ilha de La Palma para acompanhar os efeitos do vulcão Cumbre Vieja.
Duas semanas após o seu encontro com o presidente do atual governo regional da Catalunha, Pere Aragonés, e do recomeço das conversações entre os dois governos para resolver o diferendo com a Catalunha - que continua a ter uma maioria independentista -, Sánchez reafirmou que a negociação é a forma de resolver o conflito político.