A direção do lar de Reguengos de Monsaraz (Évora) onde surgiu o surto de Covid-19 que causou 18 mortos garantiu esta terça-feira que fez “tudo” ao seu “alcance” para “salvar vidas”, no contexto de uma “crise” com “contornos dramáticos”.
A Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS) fez “tudo o que estava ao seu alcance e dentro das suas competências, com a ajuda de várias dezenas de instituições e pessoas que, ao nosso lado, lutaram para salvar vidas humanas, numa crise de saúde pública que assumiu contornos absolutamente dramáticos”, pode ler-se no comunicado enviado hoje.
Segundo o comunicado da fundação, que detém a Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) onde, a 18 de junho, foi detetado o primeiro caso de Covid-19, a partir desse momento, a instituição seguiu as instruções das autoridades de Saúde e da tutela. As autoridades de saúde declararam o surto resolvido ontem, dia 10 de agosto.
“A partir da eclosão do surto, todas as decisões que envolveram os utentes desta resposta social respeitaram integralmente as instruções técnicas da Autoridade de Saúde Pública (ASP) e restantes autoridades de saúde e Segurança Social, neste último caso enquanto entidade tutelar”, vincou.
Este comunicado emitido pelo conselho de administração da FMIVPS, órgão presidido por José Calixto, igualmente presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz e Autoridade Municipal de Proteção Civil, é a primeira informação pública que a instituição presta desde que foram divulgadas, na quinta-feira passada, conclusões de uma auditoria ao lar feita pela Ordem dos Médicos (OM).
Na passada sexta-feira, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito ao surto.