O incêndio que deflagrou no domingo na Samardã, Vila Real, mantém-se esta manhã com três frentes, uma delas a apresentar maior preocupação, e mobiliza 421 operacionais, num combate que vai ser reforçado com cinco meios aéreos.
Apesar de continuar com três frentes ativas, o comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Miguel Fonseca avançou, num ponto de situação feito pelas 8h00, que "o incêndio mantém-se ativo, com três frentes, embora uma delas a
apresentar maior preocupação, que é esta frente que se desenvolve na
cumeada do Alvão [serra]”.
Segundo o responsável, uma das outras frentes está “em consolidação,
praticamente toda fechada e em processo de rescaldo”, e uma terceira,
virada ao concelho de Vila Pouca de Aguiar, também está “praticamente a
entrar em processo de consolidação”.
“Contamos com que vá ser um dia complicado, até porque a área do incêndio é bastante grande, ainda há muitos pontos quentes”, salientou.
O CODIS disse que os meios aéreos que esta manhã vão ser empenhados neste incêndio vão ser “uma peça importante para reforçar o trabalho dos meios terrestres” e para que “quanto antes, se possa fechar os processos de consolidação, como também debelar rapidamente esta frente que ainda se mantém ativa”.
Vão ser empenhados cinco meios aéreos neste fogo rural, que está ativo há cerca de 24 horas e que já queimou uma vasta área de mato e algum pinhal e que, no domingo, colocou em perigo várias aldeias do concelho de Vila Real.
Já em Ourém depois da reativação de domingo, as chamas foram controladas esta madrugada, no local encontram-se ainda 344 operacionais, apoiados por 104 meios terrestres.
Em Alenquer, já está em fase de conclusão o incêndio que teve inicio no domingo à tarde.
O incêndio, que deflagrou em Selores, no concelho de Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança, foi também dado como dominado às 5h08.
Pelas 7h00, a página da ANEPC registava três incêndios ativos em Portugal Continental, estando no terreno um total de 451 operacionais e 129 viaturas.
O site registava, pela mesma hora, quatro incêndios em fase de resolução, envolvendo um total de 675 operacionais e 214 viaturas.
Perante as previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um agravamento do risco de incêndio rural, o Governo determinou no sábado a declaração da situação de alerta no continente, em vigor até às 23h59 de terça-feira.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mais de 100 concelhos dos distritos de Bragança, Vila Real, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro apresentam hoje perigo máximo de incêndio.
O IPMA colocou também vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental em perigo muito elevado e elevado de incêndio rural.
O perigo de incêndio rural vai manter-se elevado em algumas regiões do continente, pelo menos, até sexta-feira
A situação de alerta vai ser hoje reavaliada pelo Governo, que reúne esta segunda-feira, em Manteigas, com os presidentes de câmara dos cinco concelhos mais afetados pelo incêndio da serra da Estrela, para avaliar os prejuízos causados e definir medidas de apoio
Segundo informação do gabinete da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o objetivo do encontro com os municípios da Covilhã (distrito de Castelo Branco), Guarda, Manteigas, Celorico da Beira e Gouveia (distrito da Guarda) é “avaliar as necessidades e respostas integradas para estes concelhos” na sequência do “maior incêndio florestal ocorrido este ano no país”, incluindo “apoio às famílias, às empresas e à reabilitação das zonas afetadas”, em pleno parque natural.
Pelo Governo, estarão presentes os ministros da Presidência, da Administração Interna, José Luís Carneiro, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.
[Notícia atualizada às 08:57]