O número de pedidos de asilo apresentados na União Europeia, Noruega e Suíça (UE+) atingiu em 2023 um máximo de sete anos, somando 1,14 milhões, um aumento de 18% face a 2022, segundo dados oficiais divulgados esta quarta-feira.
Os dados da Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA, na sigla inglesa) revelam que, a par do aumento dos pedidos, também a taxa de reconhecimento dos países UE+ acelerou, atingindo os 43%, também o nível mais elevado nos últimos sete anos.
Enquanto os sírios representam o maior número de pedidos de proteção internacional na UE+ (181 mil, mais 38% do que em 2022), a agência adianta que, apesar dos dados inconsistentes, o número de palestinianos que apresentam pedidos de asilo nos países UE+ está a aumentar, com 11.600 registados em 2023, mais dois terços do que no ano anterior (7.158).
Os afegãos mantêm-se a segunda maior nacionalidade de requerentes de proteção internacional (114 mil), apesar do recuo de 11% face ao ano anterior, assinalado a EUAA ter sido esta a única diminuição.
Os pedidos de nacionais da Turquia tiveram um aumento homólogo de 82%, para os 101 mil, ocupando o quarto lugar, seguindo-se venezuelanos (68 mil) e colombianos (63 mil).
A Alemanha (334 mil) manteve-se o Estado-membro mais procurado por requerentes de asilo, seguida da França (167 mil), a Espanha (162 mil) e a Itália (136 mil), sendo que o conjunto destes quatro países agregou, em 2023, mais de dois terços de todos os pedidos apresentados na UE+.