O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, apelou este domingo a uma “verdadeira solidariedade que não deixe ninguém de fora”.
“Uma sociedade que o seja mesmo, onde as pessoas se acompanhem ao longo de toda a existência, da conceção à morte natural. Por isso, quando se fala de um novo humanismo olhamos para Jesus e vemos o que esse novo humanismo pode ser, não como utopia, mas como realidade”, disse na missa a que presidiu, no Parque das Nações, em Lisboa por Dia Nacional da Universidade Católica (UCP).
Destacando o papel desta instituição de ensino, D. Manuel Clemente frisou que a UCP “oferece à sociedade portuguesa – sem que esta, concretamente a nível oficial, gaste nisso coisa que se veja – dezenas de milhares de diplomados que servem nas mais diversas latitudes de Portugal e por esse mundo além”.
D. Manuel frisou, ainda, a importância de desenvolver os talentos de cada um, indo ao seu encontro e desenvolvendo “nele aquilo que lá está e não o dispensar naquilo que pode contribuir”.
Referindo-se ao tema escolhido, este ano, para assinalar as celebrações do Dia Nacional da Universidade – “Por um novo humanismo” – o Cardeal-Patriarca de Lisboa, que é também magno chanceler da UCP, explicou que “quando se fala de um novo humanismo, olhamos para Jesus e vemos o que esse novo humanismo pode ser, não como utopia, mas como realidade”.
Reitora destaca centralidade da pessoa
No fim da Eucaristia, Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica, afirmou que "o novo humanismo salienta a centralidade da pessoa sem a reduzir a um essencialismo individualista" e disse que se exerce " numa cultura de diálogo, na relação com o planeta como nossa casa comum, na proposta de uma cultura do acolhimento dos mais frágeis, de uma economia com crescimento solidário, de sociedades que garantam a igualdade de todos perante a lei, que defendam os valores da democracia".