Hoje, 21 de março
Theresa May está em Bruxelas para pedir aos líderes no Conselho Europeu que aceitem prorrogar o prazo de saída até 30 de junho, como definido na carta que a primeira-ministra enviou esta semana ao presidente do Conselho, Donald Tusk.
A Comissão Europeia já fez saber que não concorda com o prazo proposto: quer que a saída aconteça antes das eleições europeias (até 23 de maio) ou então que seja adiada até ao final deste ano.
Tusk, por sua vez, já deixou claro que adiar o Brexit "é possível" mas apenas se o Parlamento britânico aprovar um acordo de divórcio.
Sábado, 23 de março
A chefe do Governo do Reino Unido volta à Câmara dos Comuns para tentar convencer uma maioria dos deputados a aceitar o acordo de divórcio que negociou com Bruxelas, um que já foi chumbado por duas vezes. De acordo com as contas da imprensa britânica, para assegurar a vitória precisa de convencer 75 legisladores a juntarem-se aos que votaram favoravelmente ao acordo na semana passada.
Depois desse segundo chumbo, o presidente do Parlamento ditou que May não pode voltar a levar a votação o mesmo acordo. Não é certo se o Governo do Partido Conservador vai implementar "mudanças significativas" como exigido por John Bercow ou se vai tentar contornar o ditame para sujeitar o mesmo acordo a um terceiro escrutínio.
Segunda-feira, 25 de março
No início da próxima semana, o Governo britânico tem de apresentar uma moção que tem obrigatoriamente de ser sujeita a alterações caso os partidos apresentem emendas a esse documento.
Os deputados poderão depois pressionar May e o seu gabinete a apresentar alternativas ao plano de Brexit já chumbado. Antecipa-se que a primeira-ministra convoque uma terceira votação ao acordo nessa semana.
Quinta-feira, 28 de março
Poderá ser convocada uma cimeira extraordinária da UE caso o acordo apresentado por May seja chumbado no Parlamento britânico e nenhuma outra alternativa seja aprovada.
Sexta-feira, 29 de março
Para já, o prazo legal para o Reino Unido abandonar a UE, com ou sem acordo, é este dia, às 23h locais (mesma hora em Lisboa). Tal acontecerá como está previsto se May não conseguir assegurar a extensão do prazo pedida, ou um acordo de divórcio que tenha aval dos deputados britânicos.
Nesse contexto, o país sairá do bloco europeu sem qualquer acordo, o que poderá ter consequências catastróficas para a economia do Reino Unido e de toda a União Europeia.