O Presidente da República revelou que há um jovem português entre os feridos do ataque em Viena. A informação consta de uma mensagem que enviou ao seu homólogo austríaco a repudiar o atentado de segunda-feira.
"Foi com choque e tristeza que tomei conhecimento do ataque que ontem [segunda-feira] teve lugar no centro de Viena e que provocou a morte de quatro pessoas e diversos feridos, entre estes últimos um jovem português", lê-se na mensagem enviada ao Presidente da Áustria, divulgada no portal da Presidência da República na Internet.
O Gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas confirmou que a vítima é um luso-luxemburguês, que está hospitalizado.
A mesma fonte disse que Portugal está a acompanhar a evolução do seu estado de saúde através da Embaixada de Portugal em Viena, capital austríaca, e do Gabinete de Emergência Consular, em articulação com as autoridades luxemburguesas. As autoridades portuguesas estão igualmente em contacto com os familiares deste cidadão.
Marcelo Rebelo de Sousa reafirma o seu "repúdio por todos os atos de violência" e a "convicção de que estes não lograrão alcançar os seus objetivos".
"Neste momento difícil, quero exprimir a minha solidariedade para com a Áustria e o povo austríaco e apresento a vossa excelência, em nome do povo português e no meu próprio, a expressão da mais sentida solidariedade e sincero pesar", acrescenta o chefe de Estado.
O ataque de segunda-feira à noite em Viena começou com um tiroteio numa rua central onde fica a sinagoga principal da capital austríaca, então fechada, próxima de uma área de bares. Os atacantes deslocaram-se depois pelo centro da cidade, disparando sobre quem ocupava as esplanadas.
O ataque fez quatro vítimas mortais e 17 feridos. Um dos atacantes foi morto pela polícia, enquanto um segundo fugiu e está a ser procurado.
Segundo o ministro do Interior austríaco, Karl Nehammer, o atacante morto pela polícia, que estava armado com uma espingarda de assalto e um cinto de explosivos falsos, "era uma pessoa radicalizada que se sentia próxima do Estado Islâmico".
O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, considerou que se tratou de um "repugnante ataque terrorista" e que pode haver "um motivo antissemita, pelo lugar onde começou".
As autoridades apelaram à população para permanecer em casa e o controlo de fronteiras foi reforçado.
O último ataque em Viena ocorreu em 1985, quando o grupo palestiniano Abu Nidal matou três pessoas e feriu 39 no aeroporto da cidade.